Quatro em cada dez jovens adultos completaram o ensino superior

EM 2020, 41,9% de portugueses entre os 25 e os 34 anos terminaram o ensino universitário. É a geração com mais licenciados. Resultado coloca Portugal ligeiramente acima da média União Europeia.

À medida que as gerações avançam, há mais portugueses a completarem o ensino superior. No ano passado, cerca de quatro em cada dez jovens adultos (41,9%), com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos, têm um curso superior. Estes números, revelados esta sexta-feira pelo Eurostat, deixam Portugal, nesta faixa etária, um pouco acima da média da União Europeia (40,5%).

À medida que as gerações avançam, o número de licenciados portugueses vai diminuindo consideravelmente. No escalão dos 35 aos 44 anos, Portugal já só 33,2% graduados, 24% na faixa etária dos 45 aos 54 e 16,9% nas idades compreendidas entre os 55 e 64 anos. Faixas etárias em que o desempenho de Portugal ao nível de graduados no ensino superior está abaixo da média registada na UE.

A maior diferença é na faixa entre os 55 e os 64 anos, em que os 16,9% portugueses comparam com os 29,6% da média da UE.

Os Estados-membros fixaram o objetivo de aumentar a percentagem de jovens adultos (25-34 anos) que completaram o ensino superior para 45%, até 2030. Uma meta à qual já 12 países alcançaram. Destaca-se o Luxemburgo (60,6%), a Irlanda (58,4%) e Chipre (57,8%).

Já na ponta oposta, com o menor número de jovens adultos licenciados, está a Roménia (24,9%), a Itália (28,9%) e a Hungria (30,7%), muito longe da meta estabelecida pela UE.

O Luxemburgo lidera o pódio, não só dos jovens adultos, mas também dos adultos com idades compreendidas entre os 35 e 44 anos (com 55,6%). Se analisarmos os escalões acima (45-54 anos e 55-64 anos), é a Finlândia que tem o maior número de graduados, com 50,9% e 42,8%, respetivamente.

Há mais mulheres licenciadas na UE

Existe uma clara diferença de género entre os jovens adultos licenciados. Há mais mulheres do que homens a completarem o ensino universitário: 46% versus 35%, na média média europeia.

O número de homens graduados tem, no entanto, vindo a aumentar ao longo dos últimos dez anos, embora a um ritmo mais lento do que os valores que dizem respeito às mulheres.

Joana Nabais Ferreira | Sapo