Cursos do Ensino Superior abrem menos vagas extra do que as ponderadas pelo Governo

O concurso nacional de acesso ao ensino superior arranca na próxima sexta-feira, 6 de agosto, e há um total de 52.242 vagas em jogo.

O aumento de vagas nos cursos mais procurados pelos alunos com médias elevadas, possibilidade aberta pelo terceiro ano consecutivo, ficou aquém das expectativas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Segundo o jornal Público, dos 40 cursos superiores dentro destes parâmetros, apenas 238 lugares extras é que foram ocupados, dos 672 previstos face ao ano anterior. O principal motivo por detrás destes valores discrepantes é a lotação de grande parte das Instituições.

Entre os oito cursos que esgotaram as vagas ponderadas pelo governo estão Engenharia e Gestão Industrial nas Universidades do Porto e do Minho, Engenharia Informática na Universidade de Aveiro, ou Ciência Política e Relações Públicas na Universidade Nova de Lisboa. Além desses, 13 outras formações do Ensino Superior utilizaram uma porção destas vagas, sendo o curso de Física, da Universidade do Porto e Gestão e da Universidade Nova de Lisboa o mais reforçado.

As universidades optaram por não aumentar as vagas e manter as mesmas do ano anterior, devido à grande diferença entre o número de candidaturas e o número de cursos disponíveis, à falta de recursos para contratar profissionais de ensino e funcionários administrativos. Esta situação aconteceu na Universidade de Lisboa que “não tem condições” para atender à situação esperada pelo Governo. “Neste momento, não cabem mais alunos no Técnico”, remata Rogério Colaço. O Técnico manteve, assim, o número de vagas que já tinham sido acrescentadas no ano anterior.

A única exceção em Medicina foi a Universidade dos Açores, que tem agora 50 vagas disponíveis. Ao contrário dos cursos na área da Medicina, o ciclo básico de Medicina da Universidade Açoriana, um curso preparatório para mestrado integrado, aumentou mais seis vagas em relação ao ano anterior. Esta ressalva deve-se ao facto dos estudantes serem implicados a completar a sua formação académica numa instituição continental.

 Maria de Pinto Freitas  ComUM