"Fazer parte da UMinho foi, é e será sempre um orgulho"
18-02-2023 | Paula Mesquita | Fotos: Nuno Gonçalves
Goretti Fernandes
Nasceu em Barreiros, Amares, há 51 anos, mas a vida levou-a a concelhos vizinhos: mora em Vila Verde (Soutelo) e trabalha em Braga, como coordenadora técnica do Gabinete de Contabilidade Orçamental e Tesouraria da UMinho. Hoje está entre os trabalhadores que, na sessão do Dia da UMinho, recebem o diploma de 30 anos na função pública. Não abre mão do convívio familiar, de uma boa gargalhada, de um belo filme ou de... rebuçados de café.
Como chegou à Universidade do Minho?
Foi em 1992. Tive conhecimento do crescimento da universidade e, como estavam a recrutar, enviei o meu currículo para a Administração. Fui chamada para entrevista e, entre outros candidatos, fui selecionada para exercer funções em regime de prestadora de serviços, como secretária do responsável pelo Gabinete do PRODEP/PIDDAC. Aquele gabinete estava inserido na Administração e tinha como principal tarefa efetuar o acompanhamento da execução financeira dos projetos de I&D em curso na UMinho, assegurando a submissão dos respetivos pedidos de pagamento junto das entidades financiadoras dos projetos. Ao fim de um ano e através de procedimento concursal, ingressei no quadro da UMinho com a categoria de terceiro oficial, que com o decorrer dos anos foi mudando a sua designação, primeiro para assistente administrativa e atualmente para assistente técnica.
O que recorda desses primeiros tempos?
Vivi-os com muita alegria! Apesar de ser muito nova, lembro-me que aceitei as atividades que me foram sendo confiadas com muita satisfação, com um grande sentido de responsabilidade e elevado espírito de compromisso para com o responsável do gabinete e os demais superiores com quem tinha de lidar diariamente. Tive a oportunidade de começar a trabalhar com pessoas muito competentes e afáveis a nível profissional e pessoal, que me acolheram, ajudaram e trataram com muito carinho e respeito. De alguma forma, foram responsáveis pela pessoa em que me tornei e sou hoje. Aprendi muito e, por isso, considero que foi um grande começo a nível profissional.
Como foi o seu percurso profissional desde então?
Continuei a desempenhar as minhas funções de secretária, tendo, entretanto, transitado para o setor da Contabilidade, designadamente para a Divisão Financeira e Patrimonial, secretariando o então chefe de divisão. Desempenhei estas funções até 2006. Mais tarde, esta divisão passou a corresponder a uma direção de serviços: Direção Financeira e Patrimonial. Em janeiro de 2007, fui convidada para assumir a responsabilidade da Tesouraria da UMinho, continuando com a categoria de assistente técnica, o que representava um grande desafio, dado que havia muito para fazer e melhorar. Praticamente todo o trabalho era manual e tudo o que passava pela Tesouraria era em papel. Dediquei-me a 100% para conseguir os objetivos propostos e, na minha opinião, creio que consegui. Em setembro de 2008, através de concurso, passei para a categoria de coordenadora técnica da Tesouraria, senti que o meu esforço foi recompensado.
O que a marcou mais ao longo deste tempo?
Foi a deslocação das instalações da Tesouraria do Largo do Paço para o edifício 10 no campus de Gualtar. Teve os seus aspetos positivos e negativos, mas trabalhar naquele edifício emblemático no centro da cidade deixa sempre saudades.
Que pessoas mais contribuíram para o seu percurso profissional?
Posso dizer que várias pessoas marcaram o meu percurso, desde colegas de trabalho aos diferentes superiores hierárquicos e interlocutores com quem tive a oportunidade de trabalhar, nomeadamente os diferentes dirigentes dos serviços, reitores e equipas reitorais.
Que funções desempenha?
Atualmente, sou coordenadora técnica da Tesouraria [integrada na Unidade de Serviços Financeiro e Patrimonial]. Tenho como principal responsabilidade a verificação e o acompanhamento de todas as atividades relacionadas com os fluxos monetários e financeiros de receitas e despesas da UMinho. Compete-me tratar da arrecadação das receitas da UMinho e da execução dos pagamentos, sempre que autorizados superiormente, através de operações bancárias e da gestão de fundos de maneio; assegurar o atendimento presencial; a emissão de recibos de propinas e de outros documentos financeiros; o tratamento de reposições; a informação de garantias bancárias e de retenções; o tratamento e despacho da plataforma DocUM; e o tratamento do processo de multas dos parques de estacionamento, entre outras funções.
Gosta do que faz...
Sim! Faço-o com dedicação e orgulho, mas para isso também contribui uma equipa fantástica que comigo colabora diariamente na prossecução dos objetivos e metas definidos para este setor.
A visão que tem sobre a UMinho mudou ao longo do tempo?
Considero que é hoje uma instituição de prestigio e com uma estrutura desenvolvida ao nível das melhores do país.
Que significado tem para si a distinção que hoje recebe por três décadas de trabalho ao serviço da UMinho?
Um significado único! Fazer parte da equipa da Universidade do Minho foi, é e será sempre um grande orgulho.
Algumas caraterísticas sobre si...
Na gaveta da minha secretária guardo… rebuçados de café.
Mal entro no carro... ligo o rádio para ouvir música, mas em casa prefiro estar em família.
Considero-me uma pessoa... dedicada, determinada e acima de tudo muito focada no cumprimento dos meus objetivos, tanto a nível pessoal como profissional.
Acho que os outros me veem... como uma pessoa com personalidade forte, vincada e em parte intransigente.
Num jantar em família não dispenso... uma boa gargalhada.
Ao fim de semana, ligo a televisão para ver... um filme.
Nada me fará esquecer o momento em que... fui mãe.
Gostava muito que amanhã… me possa sentir, tal como hoje, uma excelente profissional, esposa e mãe, porque no fundo é isso que me faz realizada.
À sombra de uma árvore leria... “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco.
Sonho diariamente com... a possibilidade de o meu filho no futuro poder transmitir todos os valores que lhe fui ensinando ao longo da vida.
O meu dia não acaba sem... dar ou receber um beijo do meu filho.
A UMinho é... a minha segunda casa.
