A reconversão do edifício de uma antiga cantina em residência de estudantes faz parte do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), através do qual o Governo promete a criação de mais de 11 mil camas para estudantes em todo o país. 

A Universidade de Lisboa foi autorizada a gastar 5,5 milhões de euros em obras de ampliação e adaptação do edifício de uma antiga cantina numa residência para estudantes, até 2021. A iniciativa enquadra-se noPlano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES).

"Esta reconversão surge na sequência da decisão que a Universidade de Lisboa tomou, em finais de 2012, de encerrar a cantina II, restringindo a utilização do edifício ao Jardim de Infância dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa até 2017, ano em que o edifício ficou devoluto", lê-se na resolução do Conselho de Ministros que foi publicada esta terça-feira em Diário da República.

"Dada a sua localização e a inexistência de alojamento no campus da Cidade Universitária ou na sua proximidade, conjugada com a necessidade absoluta do aumento do número de camas para alojar estudantes da Universidade de Lisboa, foi entendido que a melhor utilização a dar àquele edifício era a de residência de estudantes", acrescenta o Governo.

A iniciativa enquadra-se no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), que foi lançado esta segunda-feira. O objetivo é criar 11.490 camas nos próximos quatro anos em 42 concelhos, mas com especial enfoque em Lisboa e Porto.

Serão reabilitados e adaptados 263 imóveis públicos – como o do antigo Ministério da Educação – mas também alguns edifícios de IPSS e Misericórdias.

O financiamento virá de várias fontes. No caso da Universidade de Lisboa será suportado através do orçamento da própria instituição, mas também há modalidades de investimento das autarquias ou através do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE), através do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS).
Os quartos poderão ser alugados a turistas durante o Verão e também vão receber estudantes do privado.

Catarina Almeida Pereira

23 de abril de 2019 Jornal de Negócios