Função Pública Municípios já integraram quase 2 mil precários

O número de funcionários públicos aumentou no terceiro trimestre, face a igual período do ano passado.

Os municípios aumentaram o número de funcionários no terceiro trimestre, face a igual período do ano passado. De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público divulgada esta sexta-feira, a 30 de setembro existiam mais 1878 trabalhadores do que um ano antes. A variação explica-se em boa parte com a integração dos precários. “O aumento de emprego, no trimestre, na administração local (2,1%) decorre, em particular, do acréscimo de emprego nos municípios, resultante essencialmente do aumento de postos de trabalho ocorrido nas carreiras de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior, em consequência do processo de regularização extraordinária de vínculos precários na administração local”, lê-se no relatório divulgado pela Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP).

Para a Administração Central não existem dados desagregados sobre a integração de precários, apesar de terem sido abertos vários concursos no âmbito do programa específico lançado pelo Governo em 2017 e que arrancou este ano. Um dado a ter em conta é a diminuição do número de contratos a termo na Administração Central que registou uma quebra superior a 4% no terceiro trimestre deste ano, face a igual período do ano passado. Mais funcionários públicos

No final de setembro deste ano existiam 671 082 funcionários públicos, o que corresponde a um aumento de 1,6% face a igual período de 2017. Significa um acréscimo de mais de 10 mil pessoas a ingressarem no Estado. Em termos de volume, os técnicos superiores foram os que mais engrossaram as fileiras dos funcionários públicos. Face a 2017, entraram mais 2 577 pessoas, seguiram-se os assistentes operacionais (2 464) e no mesmo período entraram mais de 1 300 enfermeiros. Em termos da variação trimestral em cadeia, regista-se uma diminuição do número de funcionários públicos, com menos 4 045 postos de trabalho.

A DGAEP explica esta oscilação com a mudança de ano letivo e “os processos de colocação dos docentes contratados para as atividades de enriquecimento curricular no ensino básico e secundário” e que ainda estão a decorrer no final do terceiro trimestre. Também no Ministério da Saúde se registou uma diminuição no número de funcionários públicos explicada pela “mudança de estatuto do Centro Hospitalar do Oeste que passou de Instituto Público para Entidade Pública Empresarial integrada no conjunto do Setor Empresarial do Estado”, refere o relatório da Direção-Geral.

Paulo Ribeiro Pinto 01.12.2018 Dinheiro Vivo