REITOR da Universidade do Minho destaca crescimento, em 2019, das receitas de projectos I& Plano de actividades e orçamento foram analisados no Conselho Geral.

José Paulo Silva 


O Conselho Geral aprovou ontem o plano de actividades e orçamento da Universidade do Minho para 2019. O reitor Rui Vieira de Castro destacou o facto de as receitas provenientes de projectos de investigação e desenvolvimento, no valor de 58,8 milhões de euros, se aproximarem da dotação que a UMinho receberá do Orçamento de Estado, próxima dos 60 milhões de euros.
Em 2019, a UMinho conta com 148,4 milhões de euros, uma verba superior em 24,7% à inscrita no orçamento de 2018, destacando-se um incremento de cerca de 28 milhões de euros das receitas provenientes de projectos de investigação e desenvolvimento.
Na discussão dos documentos de gestão do próximo ano, o reitor deixou como “nota de preocupação” que “parte significativa dos recursos humanos” da UMinho sejam remunerados por transferências da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), esperando o pagamento “atempado” por parte desta instituição.
As despesas de pessoal crescem 12,5 milhões de euros face ao corrente ano, fixando-se, no próximo ano, nos 97,6 milhões de euros.
Para o pagamento a bolseiros de investigação estão inscritos quase 13, 4 milhões de euros.
Rui Vieira de Castro alertou que o orçamento ontem aprovado com uma abstenção, a do aluno Bruno Gonçalves, “é previsional”, já que foi “construído antes da aprovação do Orçamento de Estado”, razão pela qual “pode ser objecto de alterações”.
Exemplificando, o reitor referiu que a decisão do Governo de baixar o valor máximo das propinas para 856, menos 212 do que o actual tecto de 1 086 euros, ainda não está reflectido no orçamento aprovado. Actualmente, a propina para alunos do 1.º ciclo da Universidade do Minho está fixada em 1 037 euros anuais.
A revisão em baixa do valor da propina terá, segundo o reitor, de considerar os impactos financeiros, se não houver medidas compensatórias por parte do Governo. Adiantou Rui Vieira de Castro que não existe, para já, “nenhum sinal” de que isto vá acontecer.
Noutro âmbito, o orçamento da UMinho para 2019 prevê a integração de 122 trabalhadores precários, garantindo o reitor que a medida será concretizada logo que a mesma seja determinada por despacho do Ministério das Finanças.
Na discussão do plano de actividades para o próximo ano, Rui Vieira de Castro assegurou que “não está no horizonte da reitoria a alienação de património”, nomeadamente do edifício da Rua do Castelo.+ mais
O Conselho Geral da Universidade do Minho reúne em Janeiro para votar o orçamento para 2019 e o regulamento orgânico dos Serviços de Acção Social. Os dois pontos faziam parte da sobrecarregada ordem de trabalhos da reunião de ontem, tendo a sua discussão sido adiada por falta de tempo.

Correio do Minho | 18.12.2018

José Paulo Silva